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O Transporte e a Resiliência – Aeromovel

05 de novembro de 2024

O Transporte e a Resiliência – Aeromovel

As cidades modernas se constituem a partir da interação de diversos fatores econômicos, comportamentais, políticos, sociais, ambientais e tecnológicos.   São ecossistemas complexos, mas ao mesmo tempo sensíveis a mudanças drásticas como as ocasionadas pela atual emergência climática. Catástrofes ocasionadas pela seca extensiva, tempestades e excesso de chuva assolam aglomerados urbanos ao redor do mundo todos os anos e tornam imprescindível a ação imediata por parte das autoridades e da sociedade civil em busca de formas de prevenir, mitigar e recuperar os danos causados por elas.

No contexto das cidades, o sistema de mobilidade é muitas vezes considerado como pilar estruturante. A economia depende da capacidade de movimentação de pessoas, bens e serviços. Um sistema de transporte que garante previsibilidade, eficiência e segurança está profundamente conectado ao bem-estar dos cidadãos, garantindo o funcionamento dessa complexa rede de vetores que constituem as cidades modernas.

Desastres climáticos como o ocorrido no Rio Grande do Sul em 2024 afetam todos os fatores dessa rede, expondo fragilidades e reforçando a necessidade de adoção de estratégias de resiliência para as cidades. De acordo com a “United Nations Office for Disaster Risk Reduction” a resiliencia é a habilidade de um sistema, comunidade ou sociedade de resistir, se recuperar, se acomodar, se adaptar e se transformar quando exposta a desastres e percalços de forma eficiente e rápida, a partir da preservação e restauração das estruturas básicas e funções.[1] Ao longo das últimas décadas, muitas cidades passaram a ter departamentos específicos e estabelecer orçamentos dedicados ao tema da resiliência.

Em tempos de emergência climática, é essencial que se adote tecnologias que tornem o transporte resiliente e permitam que a mobilidade continue atuando como espinha dorsal, mesmo em tempos de crise. Crises geradas por desastres ambientais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, muitas vezes destroem ou danificam profundamente a infraestrutura de mobilidade das áreas atingidas, desencadeando uma série de consequências negativas na economia e no funcionamento geral das empresas, dos serviços públicos e da vida dos cidadãos.

O sistema Aeromovel – única tecnologia nacional na categoria de AGT/APM – se consolida como solução de transporte sustentável e integrada, embasada por extensos estudos e testes realizados desde a década de 1980. A via segregada é fundamental para garantir a capacidade, pontualidade e eficiência. Por operar em via elevada, o sistema é naturalmente resistente a enchentes e inundações, podendo atuar mesmo em cotas elevadas de nível de água como 4,5 metros.  Além disso, o Aeromovel dispõe de um sistema de propulsão que impede o descarrilhamento e tombamento dos veículos que são projetados para resistir a rajadas de vento de até 162km/h (45m/s).

O uso de geradores de energia de emergência permite que o sistema opere em situações de blecaute ou falhas no grid de energia da cidade e, em situações ainda mais extremas, onde eventualmente não for possível operar o sistema, a via elevada cumpre o papel de via de evacuação de emergência, equipada com guarda corpos e iluminação ao longo de todo o percurso.

A emergência climática deve ser considerada de forma prioritária nas agendas dos diferentes níveis de governo, cabendo a gestão pública traçar estratégias para mapear, planejar e implementar projetos para mitigação de seus efeitos. Projetos como o Aeromovel podem significar não somente um salto na qualidade do sistema de mobilidade das cidades e no bem-estar das pessoas, mas a capacidade das cidades em reagir as desafiadoras circunstâncias atuais e tornar as cidades mais resilientes.

 

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